quinta-feira, 16 de junho de 2011

Medíocre!

Engraçado eu querer falar disso! Poderia falar de tantas outras coisas boas! Mas não, tenho que falar disso! Agora o porquê, claro...Ultimamente tenho viajado insanamente no som "não existe amor em SP" do criolo doido. Uma música intimista que nos convence por inteiro no calor do momento, mas que ao parar pra pensar não é bem assim. E se eu estou amando? A música já não tem mais valor! Errado porque a inexistência de amor é subjetiva. Criolo Doido está dizendo, mais uma vez, afinal isso não é novidade, que as pessoas estão se esquecendo umas das outras, são mais egoístas e não valorizam mais (quase)nada. Ou somos todos hipócritas? não concordo com miséria, fome, violência, ganância, soberba, individualismo, discriminação mas não faço nada, ou muito pouco contra isso, o que apenas colabora para a manutenção dessas coisas. Ou seja, eu colaboro por não fazer nada! É isso sim, somos todos hipócritas, eu acho, que a maioria de nós somos mesmo! Daí não existir amor em SP, as pessoas geralmente são contra as mazelas sociais, políticas, econômicas mas por simplesmente reproduzir ações, colaboram para a manutenção e acentuação do status quo. No conjunto social, o amor tende a zero e a hipocrisia ao infinito.Por enquanto.

Então veio a minha cabeça a postagem de um amigo, o Digníssimo Bruno Veloso, hoje um dos caras que eu mais admiro, de verdade. Escreveu ele sobre a mediocridade no seu dia-a-dia, e eu venho aqui fazer uma releitura no mesmo sentido, fazendo uma apologia à dias mais saudáveis e amorosos! Medíocre pode se referir aos medianos e a insuficiência. Quanto a mediania, não vejo discordância, como entusiasta da democracia, sou a favor de decisões, lúcidas, e ponderadas. O problema do medíocre é o comodismo. Tudo bem não ser excelente em algo mas mediano, insuficiente, em tudo, a questão é a postura diante disso. O medíocre simplesmente se contenta com a situação. Inventa, racionaliza tudo, diz: "é assim mesmo, não vai mudar" ; "é da natureza humana mesmo"; "foi Deus quem quis assim" mas tudo o que faz é se iludir, se alienar! O homem não está sujeito só a sua natureza a partir do momento que trabalha e constrói sua história. Quanto a Deus, não posso matá-lo assim como Nietzsche (se bem que ele já morreu, e fui quem quem o matou), mas eu não aceito que ele interfere na minha consciência, se ele me dá energia ou seja lá o que, sou EU quem faço o que faço. Então se algo acontece não é porque Deus quis, mas porque alguém quis fazer, ou porque deixaram de fazer algo para evitar!

"ISSO É UTOPIA"!
Esse é o maior absurdo que se pode falar! fico puto quando ouço! porra! o que que é utopia, CARALHO?! é foda, desculpa...utopia em uma análise etimológica seria o equivalente à "lugar que não existe"! Legal, mas aonde que está falando que não pode existir? ou que pode? Caramba, se o fato de uma coisa não existir fico intrigado para descobrir como é que ocorreram tantas descobertas científicas, por exemplo, das quais não acreditavam ser possíveis. Não existiam antes, e PUF! Estão toas ai agora no nosso dia-a-dia, cotidiano e nos laboratórios científicos. Poxa, as coisas podem mudar se muitas pessoas realmente estiverem afim disso (não é fácil assim, meeesmo, só falar todo mundo pode, inclusive eu...), mas é claro que enquanto a maioria pensar que não muda e NÃO fizer nada, nada vai mudar, não tão rápido. Bom, não sei, ainda não tenho argumentos que de fato tirem as pessoas dessa inércia medíocre, conto com as suas próprias consciências(que eu sei que tem) e, aliás, existe a possibilidade de tal argumento infalível nem existir. Eu acredito na educação (da arte, do amor...), é o um modo, de conscientemente, se chegar à uma sociedade sem opressões, discriminações e tolerante. Estou nesse barco. Somos todos um só!

Goodbye blue sky...!!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Da Alternativa Subversão Subjetiva...

Aloha muchachos!

"Nós vivemos em uma sociedade do espetáculo, isto é, toda a nossa vida é envolta por uma imensa acumulação de espetáculos. As coisas que eram vivenciadas diretamente agora são vivenciadas através de um intermediário. A partir do momento que uma experiência é tirada do mundo real ela se torna um produto comercial. Como um produto comercial o "espetacular" é desenvolvido em detrimento do real. Ele se torna um substituto da experiência." - trecho do livro 'Spectacular Times' de Larry Law. (apud Wikipedia)

Me impressiono com a minha capacidade monossilábica de não expressar as toneladas de coisas que diariamente circundam minha cabeçinha tosca! Isso é realmente legal, veja que a natureza é uma eterna balança de interação física, quando penso em Lavoisier, que cunhou aquela famosa frase "Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma", fico imaginando de qual natureza ele está falando. É claro que a natureza humana, social, é diferente. Eu não gosto de aceitar isso, e por enquanto está na minha gaveta de conhecimentos questionáveis. Como assim o nosso trabalho social não é igual ao de organização de uma colônia de formigas? Isso é besteira pra mim, mas minha professora de psicologia me bateria se eu discutisse isso a nível de senso comum só...=/

Mas eu estou querendo levantar outro ponto, mais subjetivo, no mais, é o que somos rotineiramente forçados a viver e não enxergamos esses tênues linhâmes que contornam todos os verdadeiros interesses, motivos, intenções, e consequências, principalmente, de tudo isso! Como em um efeito dominó! Tudo o que fazemos, com algum interesse, afeta de maneira positiva ou negativa os outros, que transformarão ou reproduzirão essas impressões. Impressões Subjetivas!

A ARTE VAI SALVAR O MUNDO, é no que eu acredito! E quando tudo terminar, ou se estabilizar? Quando acabarem a mazelas sociais, ambientais, o que será de nós? Parmênides acreditava em uma teoria muito louca dos opostos. Fisicamente é um porcaria a creditar nisto, simplesmente, nada a ver, mas socialmente é bem interessante, em termos gerais. Tal teoria fala sobre o desejo. Sobre o "vir-a-ser". Da atração dos opostos que justamente visa a satisfação de um desejo, que ao ser satisfeito, por conflito interno, voltará a se separar, dando início a um novo processo de atração dos opostos! Terrível! Não, viver nessa eterna e insuportável viagem elástica que oscila entre o "ideal" e o "real", cada hora um mudando em relação ao outro. Zuado! Não dá para achar que uma coisa que hoje é absurda outro dia será ideal, e vice-versa. Pra sempre?! Não dá! É o mesmo Eterno Retorno de Nietszche, aonde a vida e a história é um ciclo, como a moda. Nãão. Ai eu faço uma merchan do Milan Kundera, no seu livro " A insustentável Leveza do Ser" que fala disso e muito mais, só que contextualizando no âmbito do amor, por isso que é um dos mais belos livros que eu já li, quissá, o melhor, depois d'O Pequeno Príncipe.

A vida é arte. Arte democrática. Arte da engenharia. Arte socialista. Arte da matemática. Arte tolerante Arte do amor. Arte diversificada. Arte de interpretar o mundo, e representá-lo. Arte de entendê-lo científicamente e ai subjetivá-lo, numa subversão alternativa. Arte...é a minha esperança, para além do que já foi dito...para além da náusea do bem-estar...

Saudações socialistas a srta Lais Chagas! =D
Pela recriação da Internacional Situacionista!