terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Faz toda diferença, não?

Força pra seguir baby! Pra mim também, mas pra você (leitor ;) ) mais ainda! Não fique na dúvida. Vá! =D 






Saudações socialistas!

Luiz, presente!

Ixe, tava pensando em várias coisas. Em várias pessoas. é tudo muito louco mesmo. Ao mesmo tempo que muitas coisas se vão, muitas coisas chegam. E muitas coisas chegam de novo. Muitas coisas voltam sem nem ter ido ainda. Outras vão indo sem ter chegado. Coisas que são coisas. E coisas que não são coisas. Vão e voltam, voltam sem ir, voltam sem nem ter chegado.

...estamos sangrando...

"...ontem um garoto morreu, se matou..."

Assim, sem nem dizer quem é, parece que é só mais um, nos acostumamos a achar isso normal. Nos indignamos, mas achamos que é normal. A barbárie está dada, temos que enfrenta-lá. Normal. A luta entre a dor e a indignação. A luta entre a perda individual, nosso companheiro, amigo, parceiro e a perda coletiva, novamente - o filho, o negro, o gay - mais uma estatística, mais um.Vamos parar de ser frios.

E um surto de raiva. mensagens de denuncia ao sensacionalismo. mensagens que criticam 'e como fica a família'. por favor. como que fica e como que ficaram as milhares de outras famílias que perderam seus filhos em tragédias tão ou mais demasiadamente humanas!

Eu quero mais é ouvir uma boa musica.dar um rolê de skate. pichar uns desenhos mara.bater um bom papo. to ficando de saco cheio. ôxi, viu!

...estamos sangrando...

mas que logo cicatrize, e uma linda imagem tatuada (tinta de vida) na nossa pele carregará conosco mais esse irmão. uma baixa nos nossos flancos, presente nos nossos corpos, mentes e corações.


Luiz presente! Luiz Presente!

sábado, 25 de agosto de 2012

Na real...


A função da arte (Eduardo Galeano)

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. 
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. 
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. 
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: 

- Me ajuda a olhar!





Se sou só pensante, sou metade
de mim, mas não sou eu inteiro.
(Eduardo Galeano)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Prazer! mais um dia vindo, mais um dia lindo...


Cê vê, mais uma chance de ser mais você
O pensamento é: Eu disse Vou Ser Mais, vou ser!

Nesses últimos tempo, esse é o artista que mais tenho escutado, sistematicamente sabe, poxa, sempre ouvi rap, podia um dia tentar escrever aqui porque, não sei ao certo também, mas escrever é uma forma de buscar a origem de nossas ações. A origem  do mundo, nosso, ou social também. Mas apenas uma delas, porque não poemas, musicas, fotos, um beijo, isso tudo também vem do nosso âmago, né?

Não quero água só na minha, eu quero é que chova nas nossas hortas
Progresso pra noiz, progresso pros nossos

Mas esse rapaz, chamado de Rashid, traz na suas letras, assim como outros artistas de rap, a angústia de vir das mais baixas classes, e ai entender como que esse mundo tá errado, principalmente pra quem vem de baixo, agente aqui de cima as vezes não, mas o tempo todo tem gente sofrendo, e na maior parte das vezes, são as mais pobres, trabalhadoras. Quem historicamente sempre tiveram menos.

O sol nasce pra todos, mas eu senti que hoje ele tá te chamando
Vivendo a vida no último volume
Sonhando acordado e dormindo só pra não perder o costume
Os mesmos passos e as mesmas calçadas mano
Mas outra visão e um bom motivo pra tá caminhando

Dai quando nos levantamos pra lutar pra mudar tudo isso, seja da classe que formos, toda essa história de sofrimento, dor e sangue, recebemos apenas a incredulidade, e caímos nas condutas mais inaceitáveis, já que as de mudança são todas vistas de forma pejorativa, como radicais, baderneiras, rebeldes, hipócritas, partidárias, manipuladoras, antidemocraticas, utópicas, idealistas e ai as pessoas já não se unem mais...










Saber pra onde vai é importante, tal qual
Saber de onde cê veio é essencial
E não há como negar
Essas ruas criam monstros, mas também criam anjos que podem voar!
Bom dia guerreiro, bom dia guerreira...

Bom dia então Guerreiras, guerreiros...sigamos a luta, e à procura dela, podemos abrir flancos dela aonde quisermos, e ai começa a resistência, angustias e a retribuição...talvez não aquela religiosa do "bem caridoso", mas uma nos termos da camaradagem, num sentido de sublimação que talvez freud tenha tentado descrever no "mal-estar na civilização". 

Vivendo a vida no último volume
Mesmo que o mundo acabe, que você continue imune
Encara o espelho novamente, então
Se sinta mais, se sinta mais bonito, por que não?!
Se sinta a milhão, se sinta o patrão
Se sinta a patroa, todo o poder na mão
Já se sentiu, sumemo tio,
Agora que o plano tá feito, tá na hora da ação!
Bom dia guerreiro, bom dia guerreira..




Mensagem à você, companheira...

do agora, e veio a 
"(...)Um trapo, magra, as faces comidas, os ossos furando a pele, a tosse constante. Por que diabo truxera a criança e largara ali, em mãos do negro, se não fosse a certeza de estar condenada? Porque, segundo as informações da vizinhança, de Benedita podia-se dizer quanto se quisesse: leviana, inconstante, mentirosa, bêbada, cínica - só de uma coisa não podia ela ser acusada: de mãe desnaturada tão madrasta a ponto de abandonar o filho com um ano incompleto. Ah!, se havia mãe boa e devotada, era igual a Benedita, melhor não. Desvelada, de um amor até exagerado, de um devotamento sem medidas. Quando o pobrezinho tivera uma infecção tola de intestino, Benedita passara noites e noites sem dormir, a chorar e a velar o sono do filho doente, um sobressalto a renovar-se a cada catarro, a cada dor de barriga(...0. Se viera entregar o fiseparar-se dele - concluíam uns e outros -, era porque sentia próximo o seu fim, a febre não dando mais nem uma folga, o gosto de sangue na garganta, cuspindo vermelho. E como dissera a uma conhecida, na afobação daquela rápida visita, do seu desejo de não morrer ser rever os campos onde nascera, comcluíam por seu falecimento em Alagoas, nas redondezas de um burgo chamado Pilar(...)"

(...)Nesse caso, onde deixar o menino, senão em casa do pai? Uma coisa ela sabia: Massu era bom, não ia largar o filho na necessidade.

  Foi mesmo nessa hora, quando Benedita pronunciava tais palavras, que Massu escolheu chegar. vinha trazer uns trocados para a avó comprar mantimentos. Ouviu a falação de Benedita, espiou o menino engatinhando pela casa, pondo-se de pé e caindo. Numa dessas o corneta olhou para Massu e riu. O negro estremeceu: Benedita por onde andara para se fazer tão magra e feia, tão acabada, uns bracinhos de esqueleto? Mas o menino era robusto e forte, cada braço e cada perna, seu filho. Se fosse um pouco menos branco, de cabelo mais encaracolado, teria sido melhor. mas, no fundo, não fazia diferença.

  - Saiu meu avô materno que era branco de olho azul e falava umas línguas da disgrama. Saiu branco como podia ter saído preto, foi meu sangue que valeu. Mas o corpo é teu, direitinho. E o jeito de rir...

  O jeito de rir, não tinha nada mais belo. O negro põs-se de cócoras no chão, o menino veio e se levantou entre suas pernas. E disse "papai" e repetiu. A gargalhada de Massu ressoou, estremecendo as paredes. Então Benedita sorriu e foi-se embora descansada As lágrimas seriam apenas de saudade, não de temor e desespero.

  Quanto ao resto, jamais se viu pai e filho tão unidos, tão amigos. Nas costas do negro, o menino cavalga pela sala. Riem juntos os dois e a avó também(...)" - O compadre de Ogum, Jorge Amado.


Pois é, muito doido isso sabe. eu passei muito, e passo muito tempo, criando idealizações nas pessoas que eu mais admiro sabe, quase colocando-as em uma redoma, pois são o meu sonho, meu Eu também. o Eu que queria ser. quando vejo essas pessoas, superinteligente, bonitão e sociável, a outra super sonhadora, admiradora do verde, raul e poesia, outra super punk e tal, critico e sensato, mas não menos sonhador, outra super fofa, sonhadora, outra irmã da amigona, super preocupada com o mundão também, curiosa e à procura (do que exatamente, não sei se ela sabe também), outra que ama o samba, a galera, matemática, outra superalegre, preocupada, determinada, outra super porra louca, alternativo, extrovertido, engraçadão, inteligente pra caraca, irmão de infância, outra, bem meiguinha, bonita e politizada, outra, uma das poucas, socialistaas mesmo, assumidona, organizada num mesmo partido político e tal...bom, idealizo essas pessoas porque queria ser tudo isso, tudo isso. mas na prática é mesmo meio difícil conciliar tudo e a militância, que transforme e atropele esse marasmo atual da sociedade. é muita ansiedade, querer mudar tudo logo, acabar com esse sofrimento, para que as pessoas possam só dançar o seu samba e sorrir. e tudo mais. mas não dá, as coisas não são bem assim, e agente vai se perdendo na luta, nos anos, no tempo, mas as mudanças estão sempre na iminência de vir, e virão - não posso ter outra esperança, que sejam os mais sombrios dos dias, há de acabar - quero encontrar também uma fórmula pra isso, pra ser tudo isso, e estar no auge da minha formação, ser a vanguarda duma vanguarda socialista, não iluminada, mas com base sólida no companheirismo, no amor ao outro - qualquer que seja.

Vai ser a chave quando encontrarmos isso, essa "liga". apesar de eu ficar sempre individualizando isso, como se eu fosse capaz de conseguir isso sozinho, é só uma forma de manter essa redoma nas pessoas que amo, mas isso vai ser conjunto, e ai, quando conseguirmos...aaaaaaaaah quando nós conseguirmos, ninguém mais vai segurar agente, e ai, ai sim, vamos formar um exército que convença e atraia todos os melhores  dos guerreiros, que cada um pode ser...mas não seremos todos, dada a sociedade que vivemos, mas na luta vamos conseguindo o apoio e o cerrar de ombros nas mesmas fileiras! ^^' tem muita gente lutando ai, cada um na sua luta..as lutas são várias, no cotidiano, nos espaços políticos de poder tanto faz, mas o objetivo comum, tem que ser, pode ser e, vai ser só um....acabar com esse sistema, radicalmente, que não sobre um resquício sequer de dor e sofrimento... ;)

saudações revolucionárias baby's!!

PS: quanto ao trecho do livro, só pra falar que é mais um exemplo de que as pessoas são dignas, como diz uma outra musica dos Racionais mc's: "tenha fé, porque até no lixão nasce flor!"


domingo, 12 de agosto de 2012

Dialética e o corte classista da Mediocridade

Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.” (Paulo Freire. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.)

Desse tempo todo de ausência aqui neste espaço de reflexão nesta minha pequena caixa de pensamentos, nesta Kiva de resistência de um mundo grosseiro, insensível e dinâmico. Neste inadmirável mundo novo não dá pra para de pensar em mudar, mas que também não dá pra deixar de fazer, sem uma sensação de que as coisas poderiam ter se desenrolado de uma forma diferente caso tivéssemos feito algo. Ou o contrário, que se tivéssemos feito algo, de nada adiantaria também. É daqui que queria partir. Repensar o que foi dito, tentar me redimir. Vida é isso, reflexão sempre.

Num post anterior falei do fenômeno da mediocridade, como isso é desestimulante paras as pessoas que tem esperança em construir alguma coisa que seja mais progressiva do que está dado, seja aonde for, em uma espaço escolar, em uma turma de colegas, em um time de futebol, enfim, nos dias de hoje é difícil encontrar um espaço aonde pessoas não tenham esse sentimento de descrença no outro e desapego humano que fortalecem o egoísmo e o individualismo prementes e inerentes para um eficiente funcionamento do (deficiente) sistema capitalista. Sistema deficiente do ponto de vista humano, sistema que desumaniza, que escraviza parcela de sua população e aliena outro tanto, também escravo - do tempo, do trabalho, do dinheiro, do (indistinguível diferença do)gênero, da (pseudo superioridade da)cor, do consumo, da mídia - e como senhores invisíveis, os protegidos da polícia, afinal, polícia para quem?

A culpa é de quem então? Minha? Dos "medíocres? Medíocre seria tira qualquer uma dessas conclusões. E é aqui que queria repensar um dos sentidos da palavra. no dicionário de medíocre, que é sentido de "insuficiente". Acho que seria esse o sentido primordial, poque qualquer coisa que vá ser definida de medíocre é uma insuficiência, e a partir daí adquire outros sentidos dado a função social da palavra - se é para insultar ou classificar. Porque medíocre geralmente é usado no sentido pejorativo, mas também pode ser um meio de estudo da realidade, sem a intenção de agredir moralmente alguém. Mas daí a pergunta pra saber então de quem é a culpa? do que?  de ser medíocre, no caso. Logo de cara eu queia fala, que é o sistema, uai, tudo bem, o cara bem que podia ter a cabeça mais aberta, se ligar  na mentiras que são contadas o tempo todo pra ele agir como um idiota, porque afinal, o que é que ele pode fazer pelos outros?  o que é que adiantaria ele fazer alguma coisa pelos outros? O tempo todo nos é ensinado que devemos ser nos preocupar conosco mesmo, e não em se juntar com os outros pra mudar as coisas(o sistema, o mundo, a cidade, a escola) quando estão ruins, porque não dá, é impossível. Uai, o melhor a se fazer é cada um cuidar do seu. Afinal, como é que eu vou interferir na liberdade do outro? Nossa liberdade só começa e acaba quando não interfere na do outro. Isso tudo é besteira, numa sociedade humana, é impossível a ação de um não interferir na vida dos outros, de todos os outros. É a simples reprodução da ideologia da classe dominante, e setores dos dominados que possuem privilégios concedidos por esta classe detentora dos grandes meios de produção, "privilégios" como liberdade econômica e de poder.

Por que se dariam ao trabalho de querer dominar os outros?  - insinuam os dominantes - já que são eles quem sustentam o discurso da liberdade (fraternidade e igualdade)

Falsa liberdade. Defendem o liberalismo do livre mercado das oportunidades desiguais. Igualdade de pessoas sócio-economicamente desiguais. Fraternidade mediada pelas leis do Estado político-militar, ai daqueles que ousem protestar!! E essa ideologia domina, os grandes não querem perder seu direito ao poder, seu direito a propriedade - propriedade do direito dos outros - às terras, ao lazer, à cultura, ao esporte, à saúde, à educação, ao trabalho ou qualquer outro direito humano.

E os medíocres com isso?  Medíocres então são os que estão insuficientemente convencidos de que isso pode ser mudado, pois se a sociedade não foi(será?) igualitária desde que se conhece por sociedade, como é que eu, individuo, posso mudar isso? E  esse cara ainda cai no jogo de desacreditar, humilhar, duvidar e não ter a mínima sensibilidade com aqueles que tentam se libertar das correntes, seja na sua atuação profissional, convicção pessoal, ou política, nos mais diversos espaços da vida, íntimos ou não. Por isso o corte de classe, há o medíocre dominante,  que explora e tem benefícios ao desacreditar daqueles que lutam pela liberdade e mudança. E aquele outro medíocre, o explorado, que vê como única alternativa a sua preservação e o enaltecimento das suas conquistas pessoais, individualista, egoísta - desacredita dos seus irmãos nos coletivos e organizações que lutam por uma outra realidade.

Meu erro, foi culpabilizar aquele companheiro medíocre, como se fosse o resultado de suas próprias forças racionais, não como um produto social também. Não que o indivíduo não tenha autonomia para libertar a sua consciência e lutar por algo diferente, mas se vivecemos numa sociedade que pelos mais diversos fatores políticos, econômicos, culturais, sociais, históricos e outros que estimulassem o cara a isso, não seria preciso lutar pra se libertar, e para libertar os outros. A luta não é só nossa. É preciso deixar claro que esses, politicamente podem cumprir e vem cumprindo um papel contra-revolucionário, por isso não se pode ficar quieto diante de suas idéias e ações desumanistas, deve-se combate-las com afinco, radicalismo consequente - pois nessa compaixão é que podem nascer também os seguidores de seitas fascistas, organizadas ou não, em coro com todos os agentes ideológicos do Estado. Por isso...

...lutar é preciso. Lutar pelas causas libertárias, igualitárias, humanitárias e ecológicas compas! Sempre...


O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. (...) É nesse sentido também que a dialogicidade verdadeira, em que os sujeitos dialógicos aprendem e crescem na diferença, sobretudo, no respeito a ela, é a forma de estar sendo coerentemente exigida por seres que, inacabados, assumindo-se como tais, se tornam radicalmente éticos. É preciso deixar claro que a transgressão da eticidade jamais pode ser vista como virtude, mas como ruptura com a decência. O que quero dizer é o seguinte: que alguém se torne machista, racista, classista, sei lá o quê, mas se assuma como transgressor da natureza humana. Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negritude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar." ( Paulo Freire - Pedagogia da Autonomia, 1996).

domingo, 5 de agosto de 2012

BB 01 - Nossos Inimigos dizem


Nossos inimigos dizem: a luta terminou.
Mas nós dizemos: ela começou.

Nossos inimigos dizem: a verdade está liquidada
Mas nós sabemos ainda.

Nossos inimigos dizem: mesmo que ainda se conheça a verdade
ela não pode ser mais divulgada.
Mas nós divulgaremos.

É a véspera da batalha.
É a preparação de nossos quadros.
É o estudo do Plano de luta.
É o dia antes da queda de nossos inimigos.


"- Como diz o mestre KL Jay: Estamos vivos Irmãos, estamos vivos!!"

"e escrever aqui...depois de tanto tempo. só pra dizer que mudei. acho que sou o mesmo. mais do mesmo. só que diferente, sem deixar de ser o mesmo - diferente.

de verdade, algumas coisas mudaram. pois é, muito tempo pra descobrir, que estava em metamorfose. engraçada essa palavra..."

Hehe. Esse era o começo de uma postagem que estava começando a preparar a cerca de 3 meses atrás. Outro momento. outro pensamento, mas a mesma intenção. só que cada vez mais com a convicção que mudamos demais. ou o tempo muda agente, de segundo em segundo.


A idéia era fazer toda uma análise etimológica da palavra metamorfose e tal. Comentar Kafka sabe, o livro A Metamorfose, tipo, sensacional. (existencialismo é foda). Mas não, é isso, me transformei de novo, depois de me transformar e ser transformado mais uma centena de vezes nesse meio tempo. Estava deveras preso nessa mania acadêmica de ficar embasando o que escrevo no pensamento dos outros, citando, fazendo referência e por isso tenho um montão de posts iniciados e nunca acabados, sempre na essência, sem as referências, implícitas nas linhas, nas idéias, que eu retomo quando leio, mas é uma negação de mim, não dá pra negar.

Sempre fui essência, nunca tive muito o hábito de sair citando o cara x ou y, apesar de sempre ter gostado de ler, ouvir, sentir e reforçar minhas idéias, convicções e teorias com a produção, experiências e sentimentos de outros à quem admirei e admiro. Me revigora, me inspira. Claro que é um exercício, não é só bunitinhu ficar citando coisa e tal, é um exercício científico e democrático, tirar da perspectiva individual e parcial do único ser que sou eu e generalizar minhas opiniões para abstrações que permitam analisar a realidade.

Aqui estou eu então, de volta, arrependido e tentando me redimir. Transformado, metamorfoseando, transformando. com esperança num mundo melhor, cada vez mais esperançoso e cansado. cada vez mais cansado e estimulado. cada vez mais estimulado a entender mais o mundo, mas sem me resignar. Sonhar mais do que ter expectativas. não tentar vez o mundo como uma máquina, aonde 1 + 1 é 2, pra não me desiludir. Não ser cético, aonde as coisas não são ruins e também não necessariamente boas, mas sim historicamente e socialmente boas ou ruins, pra não cair no relativismo também.

Gente, to louco pra escrever mais, tantas idéias, tantas dúvidas. Por enquanto, vou tirar do papel do mundo das idéias algumas coisas. Idéia sem ação, e tem que ser para todos os momentos, temos que superar isso, pra evitar com tudo de nós (de tudo que fazemos e podemos fazer) que o moinho da história continue girando no sentido atual.

Ficam minhas saudações, agora, até mais mans and girls!!

"O que me preocupa não é o grito dos maus. è o silêncio dos bons"
MLK

=D